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Aqui no meu blog você vai achar dicas de Computer Music, especialmente de Pro Tools, Reason, Live, áudio profissional e Homestudio. Alguns trabalhos artísticos que eu fiz também têm seu espaço. Há muita informação legal nos comentários. Use a caixa de pesquisa logo abaixo para achar um assunto que você está procurando.

Boa navegação!

Desmitificando o Patchbay

Um dia seu home studio vai deixar de ser um computador com uma interface de áudio para virar um aglomerado de coisas que geram inúmeras saídas e entradas e que vão acabar virando uma dor de cabeça para conectar e desconectar quando necessário. Nessa hora, já com cara de estúdio profissional, o emaranhado de fios e a dor nas costas podem ser solucionadas com a compra e instalação de um Patchbay, mas a ligação dos equipamentos neste continua sendo um mistério e tenha certeza que há um monte de Patchbays por aí ligados da maneira errada. Portanto chega de mitos, vamos desmitificar o Patchbay para que ele deixe de ser um mistério e se torne um aliado simples de entender e factível. Vamos ver agora como ele funciona.

O primeiro passo é entender que o Patchbay é um roteador de sinal. O sinal chega nele e vai para outro lugar. O sinal chega em A e vai para B.
O segundo passo é entender que o Patchbay permite que você defina onde o sinal vai, através de pequenos cabos que interligam uma saída A a uma entrada B.

Para que isso aconteça é necessário ligar as saídas e as entradas dos seus equipamentos no Patchbay. Também podemos ligar os inserts, as mandadas auxiliares e os retornos de efeitos.

A única regra é que as saídas dos seus equipamentos devem ser ligadas na parte de cima do Patchbay (Parte A) e as entradas na parte de baixo (Parte B). Todas essas ligações são feitas no painel traseiro dele para que o painel frontal esteja livre para você usar os cabos de patch para fazer o endereçamento de sinal aos diferentes locais.

Estando tudo ligado ao painel traseiro do Patchbay (saídas em cima e entradas embaixo) você utiliza um cabo de patch no painel frontal para ligar uma saída em uma entrada, mas há um pequeno detalhe muito importante. Preste atenção agora:

O Patchbay moderno tem geralmente dois ou três modos de funcionamento, são eles: Normalizado, meio-normalizado e não normalizado. Esses modos também podem ser chamados de Normal, meio-normal e não-normal ou em inglês: normalized, half normalized e non normalized e, em alguns casos, normal, half-normal e through. Em alguns caso também é possível ver o nome through como thru.

Os modos de funcionamento são definidos geralmente por par, ou seja, no patch 1 estão envolvidos os pares A e B, ou seja o conector de cima (as saídas das suas coisas) em relação ao conector B, o de baixo e onde estão as entradas.

Vamos ver um exemplo para entender melhor.

EXEMPLO 1
Imagine que você tem um pré-amplificador valvulado muito especial. Esse pré-amplificador tem uma saída, certo? Muito bem, onde é que são ligadas as saídas no Patchbay? Isso mesmo, no conector de cima no painel traseiro, portanto ligue a saída do pré-amplificador no conector A do patch 1.

Imagine agora que você tem uma interface de áudio de altíssima qualidade e esta tem uma entrada para que seja possível gravar o sinal do seu pré-amplificador valvulado no computador. Onde ficam as entradas no Patchbay? Certo, nos conectores de baixo do painel traseiro. Ótimo. Ligue então a entrada 1 de sua interface de áudio no conector 1 B do Patchbay.

Agora que entra a brincadeira e a qualidade única dos Patchbays, o modo de operação.

Se o Patchbay tem o seu primeiro patch definido para operar no modo Normal (ou outro termo similar) significa que o conector de cima do painel traseiro está internamente ligado ao conector de baixo, isso significa que você não precisa ligar um cabo de patch do conector 1 A da frente do Patchbay no conector 1 B do painel da frente do Patchbay para que o som do pré-amplificador siga à entrada 1 da sua interface de áudio. Essa conexão já está pronta para você justamente para que você economize um cabo.

Vamos continuar exemplificando.

EXEMPLO 2
Imagine que você gravou uma voz no canal 1 da sua interface de áudio, mas você quer agora que o sinal do pré-amplificador chegue na entrada 2 de sua interface de áudio. Primeiro basta ligar a entrada 2 da interface de áudio no patch 2 B (o segundo conector de baixo do painel traseiro do Patchbay)

Agora, no painel frontal do Patchbay, se você ligar um cabo do conector 1 A (o primeiro de cima) no conector 2 B (o segundo de baixo) o sinal de saída do pré-amplificador vai ser encaminhado para a entrada 2 da interface de áudio.

Mais um detalhe. No modo normalizado, ao fazer isso, a ligação direta entre os pares fica interrompida, ou seja, neste exemplo que você acabou de ler, significa que o sinal do pré-amplificador não vai mais para a entrada 1 automaticamente, justamente porque você plugou um cabo e não quer que o sinal vá para dois lugares ao mesmo tempo.

Será?

EXEMPLO 3
Se você quer que o sinal vá para dois lugares ao mesmo tempo você está com sorte, pois o modo meio-normalizado faz exatamente isso. Se definirmos o primeiro patch para atuar em modo meio-normalizado, ao inserir um cabo de patch na saída do pré-amplificador para direcionar o sinal à entrada 2 da interface de áudio o sinal continua indo para a entrada 1, assim dá para gravar dois sinais distintos ao mesmo tempo. Isso é ótimo para fazer compressão paralela. basta inserir um compressor virtual em cada pista na sua DAW (um para o canal de entrada 1 e outro para o canal de entrada 2) e comprimi-los em taxas diferentes.

Vamos complicar mais um pouquinho agora.

EXEMPLO 4
Imagine que além do seu excelente pré-amplificador você tenha também um compressor de boutique de última geração, mas de design de décadas atrás e você quer usar ele no fluxo de sinal.

Simples. Você primeiro tem que ligar a saída do compressor em um conector superior do painel traseiro como o 3 A por exemplo e a entrada do compressor você liga no conector 3 B. Mas espere. Se ligarmos a saída do compressor no 3 A e a entrada dele no 3 B e esse patch estiver em modo normalizado é o mesmo que mandar a saída direto para a entrada? Isso mesmo, absurdo. Por isso que temos que mudar esse patch para o modo não normalizado ou Thru. Nesse terceiro modo o conector superior das saídas não segue automaticamente para o conector de entrada, assim é necessário ligar um cabo físico para que o som vá para algum lugar.

Como que a gente faz para ligar o pré-amplificador no compressor e o compressor no canal 1 da interface de áudio então? Simples: Defina o patch 1 para operar em modo normalizado e o patch 3 para o modo não-normalizado (ou through). Ligue um cabo de patch da saída 1 A na entrada 3 B. Nesse cabo está o sinal que sai do pré-amplificador e vai para o compressor. Agora ligue um cabo do conector 3 A no conector 1 B. Esse é o sinal da saída do compressor que chega na entrada 1 da interface de áudio.
Pronto, já gravou? Você quer agora só o sinal do pré-amplificador indo direto para o canal da interface de áudio? Basta tirar os cabos e ficar como no exemplo 1.


Viu que fácil? Desse jeito fica simples definir quais são as saídas e entradas do Patchbay e em qual modo elas devem operar.

Espera um pouco! Neumann, Avalon, Universal Audio, Avid e Behringer? Tem alguma coisa estranha nesse setup? Provavelmente não.

Amplie o processamento do seu Pro Tools

Aqueles quem vivem em apartamentos do tipo kitnet vivem apertados. É difícil achar um lugar diferente para ficar, pois a sala também é quarto, closet, escritório e homestudio e a cozinha também é despensa, área de serviço, área de lazer, oficina e despejo. Nos casos agudos o banheiro também se passa por lavanderia, varal e rouparia.

Quem mora em casa térrea tem um pouco mais de liberdade de escolha para ler sua revista de áudio e tecnologia, por exemplo. Tem o cantinho da sala embaixo do abajur, a mesa da copa durante o jantar, a escadinha da área de serviço, a cama do quarto, o sofá do escritório ou a pedra do quintal que fica embaixo do limoeiro.

O Pro Tools em versão plena, por sua vez, com certeza é uma casa com quintal e piscina. Nesse há muitos ambientes distintos, desde os básicos mobiliados com equalizadores, compressores, gates, delays e reverbs até os mais amplos com instrumentos virtuais grandiosos. Há ainda muitos detalhes construtivos extras que gratificam qualquer morador, mas, para aqueles proprietários que realmente mergulham fundo na arquitetura de áudio, é certo que faltarão espaços diferenciados ou mobília particular, continue lendo para saber quais são alguns desses.

Antes disso, devo lembrar que há também o Pro Tools versão kitnet para estudantes e amadores, o Express; que vem gratuitamente com algumas interfaces de áudio. Ali está presente o famoso esquema quarto e sala, mas é charmoso e tem uma sacadinha que dá para ver uma paisagem musical interessante no dia-a-dia. O Pro Tools HD por outro lado é uma construção moderna, com linhas retas, muito concreto aparente e assoalho de madeira de lei no chão. Tem múltiplos cômodos, todos com amplos planos envidraçados duplos e tratamento acústico. Esses inquilinos irão encontrar bastante espaço para  viver profissionalmente, além de oportunidade para explorar a decoração criativa musical, mas, mesmo assim, estes usuários avançados irão seguramente querer reformar seu sistema e investir em mais móveis, principalmente os assinados e com ampla personalidade estética.

Apesar de todas as versões de Pro Tools serem edificações sólidas assinada por arquitetos competentes, eu estranho a falta de alguns detalhes na construção que já podem ser considerados como básicos e já presentes em outros aplicativos concorrentes. Dois deles são o analisador de espectro em tempo real (RTA) e o compressor multibanda.

Eu sou da geração que pegou aquela fase chata do começo da era digital onde os ADATs da Alesis dominavam e os aplicativos de gravação ainda eram pra lá de simplórios, mas que me marcaram muito. Confesso que tenho agora dificuldade para mixar sem olhar para um monitor de computador. Depois que já gravei o que toquei de olho fechado eu gosto de ver o que está acontecendo e meu cérebro já faz conta automaticamente só de olhar o medidor, portanto eu sou do tipo que gosta de "ver" a música, além de ouvi-la. É como ter uma segunda opinião de médico para um problema de saúde. Eu ainda acho que não há nada de errado com isso; este é o motivo pelo qual preciso ter um analisador de espectro e esse não se encontra no Pro Tools, em nenhuma versão. Ah, você também é assim? Que bom! Fique sabendo então que felizmente você não precisa gastar nem um tostão, pois o qual indico é grátis, anota aí:

RTA grátis
Fabricante: Blue Cat audio
Site: www.bluecataudio.com
Nome do plug-in: Blue Cat's FreqAnalyst

Esse plug-in pode ser baixado gratuitamente, tem uso irrestrito e é perfeito para o que eu preciso saber: o que acontece nas minhas músicas entre 20Hz e 20kHz.
Além disso ele é compatível com os protocolos AU, RTAS, VST, DX, AAX 32 bits e AAX 64 Bits, portanto usuários do Pro Tools 11 e anteriores estão cobertos, além daqueles que preferem o Live, Logic, Sonar, Reaper, Studio One ou outros irmãos de sangue rodando em Windows ou OS X.


Figura 1 - O site da Blue Cat.

Eu gosto bastante da maciez de resposta desse analisador e de alguns recursos aparentemente "bobos", mas legais, como poder ficar translúcido. Se você der uma investigada melhor no site do fabricante você vai achar alguns outros plug-ins gratuitos que podem também ser interessantes para você.

Um jeito legal de usar esse analisador de espectro é o de poder "clonar" a resposta de frequência de uma outra música que já esteja masterizada. Para isso costumo escolher uma música bem boa e já pronta de um disco comercial similar aquela que estou trabalhando, passo ela pelo RTA e analiso o que está acontecendo, especialmente para ver o que rola na resposta de graves e nas extremidades do espectro. Em seguida passo pelo mesmo RTA a música que estou trabalhando e vou lapidando-a para que a sua curva de resposta fique mais próxima da música de referência. Uma técnica legal! Não há nada de errado nisso, copiar é uma forma de aprender e recomendo a todos fazer essas leituras de frequências das músicas que gostamos, você vai se surpreender com o resultado, principalmente com as bandas e DJs clássicos.


Figura 2 - FreqAnalyst, o RTA gratuito indicando que ajustes são necessários.

O segundo item que julgo necessário, como eu disse algumas linhas acima, é o compressor multibanda, mas fui injusto ao dizer que o Pro Tools não tem um, pelo menos deveria ter dito que não tem um já pronto, mas prefiro seguir dando mais corda ao raciocínio do que à revisão, que deixo a rogo para meu editor amigo, grande Márcio.

Antes de sair procurando um plug-in gratuito desse tipo por aí lembre-se que o compressor multibanda não é nada mais, nada menos, que um compressor sintonizado para atuar em determinadas regiões de frequências, portanto podemos muito bem construir um usando o que o Pro Tools tem a nos oferecer. É meio trabalhoso de se fazer, mas dá certo e o resultado é bem satisfatório.

Normalmente o padrão de atuação de compressores multibandas está dividido em três regiões distintas de frequências comprimíveis: as baixas, as médias e as altas, mas nada impede que você divida as médias em médias-baixas e médias-altas e fique com um compressor multibanda de 4 bandas, ou até mais.

Atente que alguns pontos na construção do compressor multibanda são importantes de nota, um é a frequência do crossover entre duas banda que deve ser a mesmo nos dois filtros adjacentes que ficam em plug-ins diferentes (um passa-baixas e outro passa-altas) que atuam em conjunto e formam o crossover. Isso torna a operação do compressor multibanda caseiro muito menos amistosa do que os plug-ins dedicados à esta finalidade, como o Ozone da Izotope, que gosto muito, diga-se de passagem.

Outro ponto importante também é a inclinação da curva dos filtros na frequência de corte que formam e definem o tipo de crossover. Estas devem ser de 12dB por oitava, simulando um crossover do tipo Linkwitz-Riley de segunda ordem onde a soma dos dois filtros resulta em 0dB de atenuação ou ganho. Se, por exemplo, usarmos uma inclinação de 6dB por oitava nos filtros criaremos um crossover do tipo Butterworth, onde a somatória desses dois filtros acrescenta um ganho de 3dB na frequência de sintonia do crossover, portanto muda a resposta de frequência que passa pelos compressores e estaríamos equalizando o som além de comprimindo-o.

Sendo assim, para começar a construir um compressor multibanda de três bandas que atue no estágio de finalização vamos ter que endereçar a saída de toda a mixagem para três subgrupos distintos simultaneamente, cada qual com um equalizador sintonizado em determinada região de frequências e um compressor insertado na sequência de cada um destes. Para isso iremos utilizar os barramentos internos (Bus) disponíveis no Pro Tools; um par já basta. Talvez seja necessário visitar o IO Setup para ver se os barramentos estão configurados corretamente.

Estou usando uma sessão de demonstração do Pro Tools (a Rock Pop) para este exemplo, então ficou assim: Todas as pistas seguem para seus subgrupos distintos e cada um destes segue para os três subgrupos no formato estéreo que criei, onde ficarão os filtros e compressores para cada banda, aqui já identificados pela cor laranja e utilizando o Bus 5-6 para fluxo de sinal. A saída destes seguem para o Master. Mudei os nomes de cada um deles para algo mais elucidativo, como Low, para as baixas, Mid para as médias e High para as altas.


Figura 3 - Três subgrupos que virarão 3 bandas de um compressor multibanda.

Na sequência insertei um equalizador de 1 banda (EQ1-Band) no primeiro subgrupo, que é o responsável pelo processamento das baixas. Uso a tabela do engenheiro Leo de Gars Kulka para definir as regiões de frequências e assim defini a frequência do primeiro crossover em 250Hz. Habilitei o filtro em modo passa-baixas, defini a frequência de corte em 250Hz e a inclinação em 12dB/oitava.


Figura 4 - O filtro passa-baixas para a primeira banda do compressor. Meio crossover pronto.

Agora para definir a segunda banda e completar o primeiro crossover, no segundo subgrupo intitulado Mid insertei um equalizador de 7 bandas (EQ3-7 Band). Neste liguei o filtro passa-altas, defini a frequência de corte em 250Hz e a inclinação em 12dB/oitava. Em seguida liguei o filtro passa-baixas, defini a frequência de corte em 6000Hz (6kHz) e a inclinação em 12dB/oitava. Desliguei todos os demais filtros.


Figura 5 - O equalizador da segunda banda do compressor definindo os médios e a conclusão do primeiro crossover.

Agora, para a última banda de frequências e término do segundo crossover, no subgrupo chamado High insertei um equalizador de 1 banda (EQ1-Band), defini sua atuação como passa-altas, a frequência de corte em 6000Hz (6kHz) e sua inclinação em 12dB/oitava.


Figura 6 - A terceira banda do compressor definida pelo filtro passa-altas e a conclusão do segundo crossover.

Agora é uma hora boa para mutar dois desses subgrupos para "ver" a atuação dos filtros no subgrupo que está tocando. Alternativamente você pode criar uma rotina de solo-safe na sessão, mas demora mais que mutar. Aproveite então para começar a comprimir cada região. Comece pelos graves e instantaneamente sua música ganhará mais corpo. Se alguma correção de frequência de crossover se mostrar necessária não se esqueça de acertar a frequência de corte nos dois filtros adjacentes para o mesmo valor, nos plug-ins de cada par de subgrupos adjacentes. Se você quiser fazer um compressor multibanda cirúrgico de cinco bandas, use o conceito da tabela que usei, que reproduzo abaixo:

Tabela de definição de região de frequências do Eng. Leo de Gars Kulka
de 20Hz a 60Hz
Sub graves
de 60Hz a 250Hz
Baixas
de 250Hz a 2kHz
Médias baixas
de 2kHz a 6kHz
Médias altas
de 6kHz a 20kHz
Altas

Agora é só insertar um compressor na sequência de cada equalizador e comprimir a banda conforme seu gosto musical indicar. Pode-se usar qualquer equalizador, filtros e compressores com esses mesmos ajustes, como o Channel Strip da própria Avid, que aliás torna o processo ainda mais fácil, além de prover as características sônicas de seu próprio algoritmo, mas fica a seu critério. Usei essa forma mais complexa para permitir que você monte seu compressor multibanda com seus próprios recursos, bem possível também na forma de periféricos reais, inclusive. Lembre-se apenas de insertar o equalizador antes do compressor, obviamente.


Figura 7 - O compressor da primeira banda (Low) onde encontram-se os graves já promovendo um corpinho adiposo à música.

Pronto! Duas reformas simples para seu Pro Tools, uma grátis e uma feita dos próprios recursos do programa, mas todos dignos de qualquer morador de casa modesta em rua de terra, de madeira no campo, na alugada da praia, assobradada, assombrada, modernista sobre pilotis, em "crescent" georgiano dos conjuntos habitacionais e até nas mansões em condomínios fechados de alto padrão com campo de golf particular.