BEM-VINDO AO MEU BLOG!

Aqui no meu blog você vai achar dicas de Computer Music, especialmente de Pro Tools, Reason, Live, áudio profissional e Homestudio. Alguns trabalhos artísticos que eu fiz também têm seu espaço. Há muita informação legal nos comentários. Use a caixa de pesquisa logo abaixo para achar um assunto que você está procurando.

Boa navegação!

Propellerhead Reason 6

Olá Reason 6, tchau Record 2!

Assim que sair o Reason 6 (dia 30 de setembro) o Record deixará de existir sem ter chegado à versão 2. Calma lá, nada de vida curta, foi só o nome que deixou de existir, pois agora o Record vai morar ao lado do Reason, assim como a cebola convive com a calabresa na pizza. Ok, exemplo fraco!

Sabe aquele bundle Reason e Record? Vai acabar também. Tudo vai estar contido dentro do Reason: a mesa de som, a capacidade de gravar infinitos canais de áudio, os periféricos (o Neptune principalmente) e alguns outros novos como o Pulveriser, Alligator e The Echo.




Pensando bem, parece que não há nada de novo no Reason novo. Pergunta: Será só o Reason com mais periféricos e com o Record dentro? Resposta: Como faço parte da equipe de beta-testers da Propellerhead vou poder testá-lo bem antes do lançamento, e quem sabe, ficar mais animado do que quando saiu a atualização do firmware da minha calculadora Casio. Ok, outro exemplo fraco!

Realmente acho que o mais legal seria se a Propellerhead vendesse módulos separados para o rack do Reason. Esquema a la carte. Eu ia curtir ver uma TR-808 ou um Minimoog no rack, pois ver e manipular o periférico é bem mais legal que instalar um refill com seus sons. Bem que eles podiam abrir o código fonte para que outras empresas fabricassem módulo para o rack do Reason também, que nem o esquema de plug-ins RTAS do PT e que poderiam ser comprados na "rack store" por parcos dólares cada, imagina que legal...


Tubérculos

Lapiseira 07 com grafite 6B
100 data


Tormentos

Lápis Staedtler 11B
Canson
2001

Homem-Homem em ação


Pro Tools 8 no Lion?

Como pode o Pro Tools 8 ser mais atual que o 9? Parece estranho dizer isso, mas o Pro Tool M-Powered 8 está rolando no Lion (Mac OS X 10.7).

Para fazer funcionar tem que fazer o seguinte esquema:

1. Instalar o Pro Tools M-Powered 8
2. Instalar o update 8.0.5

Só isso, mas é por sua conta e risco!



Pode ser que o LE também funcione...

Eu acho melhor esperar o 9 sair do que ficar tentando rodar versão não oficialmente autorizada, mas para diversão vale a pena.

Abs.

Komplete 7

A pedido da AM&T

A Native Instruments, famosa fabricante de excelentes produtos, como instrumentos virtuais, plug-ins de efeitos, interfaces de áudio, superfícies de controle e softwares para DJs lançou a pouco o novo pacote de softwares Komplete 7.
A primeira coisa que impressiona é: 90Gb de dados!
90? Onde que vamos por isso tudo? "Por" é metade do problema, a outra metade é: "Como acessar tudo isso". 

Instrumentos virtuais geralmente não conseguem ser alocados na memória RAM e precisam ser acessados em tempo real do disco, portanto seu disco rígido atual pode ser um problema no setup e se você sofre como eu pela constante falta de espaço em disco rígido talvez seja a hora de comprar um HD externo novo; possivelmente mais um. 

Se este é o caso eu sugiro que você escolha um modelo eSATA de 7200RPMs, mas você vai ter que ter essa porta na sua máquina e nem todos os computadores têm (especialmente notebooks apple). Em segundo lugar você pode optar por um que tenha  conectividade Firewire (se for 800 melhor ainda) e que tenha também um HD de 7200RPMs dentro. Se você acertou as seis dezenas recentemente você pode trocar o HD interno por um SSD de 512Gb que vai ser o top, mas só até a semana que vem. 

Esqueça os HDs externos do tipo slim, com porta USB e com míseros 5400RPMs, o Komplete 7 não vai rolar legal deles. 

Caso queira ser abusado você pode instalar o Komplete 7 no servidor da empresa para usar fora do expediente; aproveite, pois lá deve ter um SCSI ou um SAS em RAID com 15000RPMs a 6GB/s em 3ms, mas seu chefe talvez não goste. 

Voltando à Terra: Não esqueça de colocar o Komplete 7 na mesma partição do sistema, caso você tenha um HD só.

Muito bem, outra solução é não instalar tudo, mas aí não faz muito sentido ter adquirido o Komplete 7 em primeiro lugar, não é mesmo? 

Como o Kontakt 4 incluso no pacote é o responsável pela maior parte dos acessoas à gigante biblioteca de instrumentos multi-sampleados, há uma ferramenta interessante que resolve a questão do acesso quando temos várias instâncias do sofware, esta chama-se Memory Server (que já estava presente na versão 3.5 e que só roda em Mac OS X Leopard em diante). 

Este recurso permite que você aloque Samples na memória RAM, mesmo que estes excedam a quantidade permitida a aplicativos rodando no sistema operacional de 32 Bits (que é de 4Gb). Sendo assim você pode ter um "conjuntinho" de plaquinhas de memória RAM no seu dual 16 Core (tipo 64Gb!) e carregar os samples nelas, evitando acesso ao disco rígido. Para habilitar esta função simplesmente abra o Kontakt 4, clique no botão Options e depois na guia Memory e habilite a caixa Use Memory Server. Será necessário reiniciar o software. Um ícone indicativo aparece na barra do Finder exibindo a quantidade usada.
Figura 2
Depois de ter solucionado a localização da biblioteca e o acesso à ela vamos ver  uma lista com os softwares que vem no pacote e um breve descritivo destes:

Figura 3
ABSYNTH 5 - Sintetizador semi-modular
BATTERY 3 - Sampler de bateria 
FM8 - Sintetizador 
FM GUITAR RIG 4 PRO - Rack de efeitos 
KONTAKT 4 - Sampler com 43Gb de samples 
MASSIVE - Sintetizador 
REAKTOR 5.5 - Suíte de recursos para criação sonora 
ABBEY ROAD 60s DRUMS - 2 Kits de bateria sampleados do Abbey Road 
ACOUSTIC REFRACTIONS - 100 instrumentos variados para Kore Player 
BERLIN CONCERT GRAND - Um piano Bechstein D280 multi-sampleado 
NEW YORK CONCERT GRAND - Um piano Steinway & Sons D multi-sampleado 
RAMMFIRE - Emulador de Amp assinado pelo Richard Z. Krusp do Rammstein 
REAKTOR PRISM - Sintetizador polifônico 
REAKTOR SPARK - Sintetizador baseado no Reaktor 
REFLEKTOR - Reverb de convolução 
SCARBEE A-200 - Um Wurlitzer A-200 multi-sampleado 
SCARBEE CLAVINET/PIANET - Um Hohner D6 e Um Hohner pianet N multi-sampleados SCARBEE MARK I - Um Rhodes Mark I multi-sampleado 
SCARBEE MM-BASS - Sampler de baixo com articulação inteligente 
THE FINGER - Efeitos para remix criado por Tim Exile 
TRAKTOR'S 12 - 12 efeitos do Traktor 
UPRIGHT PIANO - Um piano de armário multi-sampleado 
VIENNA CONCERT GRAND - Um piano Bösendorfer 290 imperial multi-sampleado 
VINTAGE ORGANS - 5 órgãos multisampleados (Hammond B-3, C-3, M3, Vox Continental II e Farfisa Compact.
Dentre os softwares inclusos há novas edições de softwares consagrados, como o Absynth 5, sensacional para cliar climas para trilhas de filme de terror ou de ficção científica, mas as grandes diferenças em relação às versões anteriores vai ficar por conta dos novos instrumentos virtuais e efeitos, com especial atenção para o Vintage Organs e o Reflektor.
Vintage Organs
O Vintage Organs é um software fora do padrão. Ele não é baseado na tecnologia de modelagem física como a maioria dos outros softwares emuladores de órgãos, ele é sampleado, mas não perde a flexibilidade de manipulação sonora do órgão em si ou do sistema de amplificação que a Modelagem física permite, mas também mantém todos os "defeitinhos" do som original, e melhor, de órgãos reais escolhidos à dedo.

Sendo assim, além de ser possível chegar no som que você quiser, manipulando os registros ou controles de chorus/vibrato, distorção e EQ, dentre tantos outros no painle do próprio órgão virtual, é possível ajustar o amplificador ao qual ele está ligado, seja ele uma caixa leslie, um amp valvulado para guitarara ou um DI, bem interessante.

Este plug-ins, por assim dizer, apresenta as sonoridades clássicas dos instrumentos que fizeram história na música pop do meio do século passado em diante, como o Hammond B-3, Hammond C-3, Hammond M-3, Vox Continental II e Farfisa Compact. Cada um tem um painel dedicado (com características organizacionais iguais aos de seus colegas de mundo real) e têm funcões específicas de cada modelo. Estes podem rodar em standalone (no Kontakt Player, por exemplo) ou em qualquer DAW como plug-ins VST, AU ou RTAS. Veja o exemplo dos controles do Hammond C3 abaixo. 
Figura 4
Figura 5
figura 6
Figura 7
Reflektor
A Native Instruments está caminhando para tornar o Guitar Rig seu rack de efeitos para uso geral e não somente para processar sinais de guitarras ou baixos, portanto provavelmente no futuro este até mude de nome para algo menos específico, pois é estanho abrir o Guitar Rig em um canal auxiliar no Pro Tools, por exemplo, para servir de Reverb para outros canais, mas isso é apenas uma conjectura. De qualquer forma essa mutação já começou e o Reflektor é o primeiro rack de efeito a entrar no conjunto de Racks do Guitar Rig não específico para seu atual público.

O Reflektor é essencialmente um emulador de espaços físicos (reverb, se preferir), mas ele não é um reverb comum e portanto esse nome complexo cai bem.

Seu diferencial está na tecnologia Zero Latency Convolution que é proprietária da Native Instruments e está em processo de patente. Esta tecnologia permite, além da óbvia latência zero no processamento, ajustes suaves sem artifícios sonoros e uma incrível otimização de uso de CPU.

De fábrica ele vem com 350 respostas de impulsos (Impulse Response = IR) abrangendo uma ampla quantidade de espaços virtuais, mas também encontram-se nesta lista IRs de equipamentos reais como o TC Electronics Reverb 4000, o Yamaha SPX 2000, o Lexicon MX500 e até o AMT 140, entre outros. Há também IRs sintetizados e você pode usar a sua própria biblioteca.

Controversamente o Reflektor é ultra fácil de usar. Basta abrir o Guitar Rig dentro de seu software preferido e arrastar o Reflektor da coluna Componets para o rack; um painel com ajustes extras pode ser aberto clicando-se o pequeno triângulo da lateral direita.

A única coisa que eu achei estranho é que, como o Guitar Rig é para guitarra, ele vem com o canal de entrada L apenas ativado por default, resultando em um processamento mono. Normalmente reverbs são usados em canais estéreos, então para solucionar basta ligar o botão R ao lado do L, clicando sobre ele na faixa superior do Guitar Rig.
Figura 8
O primeiro ato obviamente é testar os diferentes presets. Para isso há uma caixa logo abaixo do nome do plug-in que acomoda alguns exemplos. Depois,  teste o navegador simples de usar: são 4 setinhas - as da esquerda e direita mudam a categoria e as de cima e de baixo mudam o IR das categorias selecionadas. Uma ajuda legal para facilitar a escolha é checar no início dos nomes dos IRs o decaimento do Reverb expresso em segundos.
Figura 9
Quais são os botões mais elementares de um reverb? Na minha opinião são o ajuste WET/DRY e Decay. No Reflektor os ajustes WET e DRY estão separados e portanto se você vai usá-lo como insert em canal auxiliar, por exemplo, deixe o WET no máximo e o DRY no mínimo. 

Para ajustar o Decay há um enorme botão para esta finalidade. Quando estiver abaixo de 100% um envelope corta o decaimento, ao passo que quando passa de 100% um envelope amplia o decaimento do reverb. Simples. No painel escamoteável o botão SYNC faz com que o botão Decay movimente-se em múltiplos do andamento da sessão onde o Guitar Rig está inserido como plug-in, bom para delays.
Figura 10
Só pelo poder desses dois brilhantes softwares já podemos ter uma noção bem clara do que vem no Komplete 7. Se você tiver paciência (e muito tempo), são mais de 10000 sons diferentes para testar, fora os inúmeros presets e plug-ins de efeitos que parecem não ter fim. Dica final: Se você tem férias vencidas agora é a hora.

Pro Tools vs Mac OS X Lion

Pro Tools 9 no Mac os X Lion? Nada feito! Ainda não é compatível, portanto segure os impulsos!

Mais uma coisinha: O OS X 10.7 não é mais compatível com aplicativos que usam o Rosetta (aqueles que ainda não são Universal Binary), portanto pense 2 vezes antes de fazer o upgrade.

Não sabe como verificar se seu aplicativo usa o Rosetta? Faça assim:

Abra o aplicativo que você acha que usa o Rosetta. Abra o Activity Monitor e veja se no campo Kind aparece escrito Power PC. Se aparecer: Blau blau!


Xi... então quer dizer que o Recycle não vai mais funcionar no OS X Lion? Não sem update, quem sabe sai um novo logo mais...

Não se esqueça que ainda tem que sair o driver da placa de som, do controlador, do outro software, então muita calma nessa hora.

Update: 
Se você instalou o Lion e encontrou alguns problemas de incompatibilidade a minha sugestão é fazer o Downgrade para o Snow Leopard (10.6). Faça o backup de seus arquivos, insira o disco do Snow Leopard e de o Boot na máquina segurando a tecla C para começar uma instalação do zero. Eu sei, é chato, mas fazer o downgrade de outra maneira é complicado e pode não dar certo. Você vai ter que autorizar seus softwares tudo de novo. Ficou chateado? Sugiro então esperar mais um pouco para que saiam os drivers de seus equipamentos e os pacotes de adaptação, mas isso pode demorar entre alguns dias e algumas semanas.

Update:
Saiu a versão 9.0.5 que funciona com o Lion, mas não oficialmente, pegue-a aqui.